sábado, 22 de agosto de 2009
ÁS VEZES
ÁS VEZES
Ás vezes, queremos aquilo que não podemos
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Ás vezes, sentimos o mundo fugir de nós.
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Ás vezes, deixamos a ilusão mandar na alma
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Às vezes, perdemos a fé de tudo, de nós.
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Ás vezes, sofremos aquilo que não merecemo
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Ás vezes, fazem da nossa vida um inferno.
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Ás vezes, ficamos quase que loucos.
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Ás vezes, ás vezes, ás vezes.
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Paulo Ramoa
1992
MALDIÇÂO - (Parte II)
MALDIÇÂO II
Desejo-te o inferno, por maldição.
O mais terrível dos castigos, que te faça sofrer.
Que o fogo te envolva, te transforme em fumo.
Que nunca sejas nada, que nunca sejas realmente amada.
Que a felicidade não te conheça, ela que se esqueça de ti.
Só em sonhos verás a esperança, ela que morra em ti.
Escolherás sempre o erro, influenciado pelo mal.
Seguirás de encontro aos becos, em acessos de egoísmo.
Desejo-te o inverno, uma constelação de nada
Lá poderás ver o significado de sofrer.
Sentirás no teu corpo, o poder do mal.
Serás atraiçoada, profundamente violada.
Um dia levantarás os olhos ao céu.
Irás orar por angústia, rastejar de dor, de pranto.
Irás implorar, chorar, gritar por alguém.
E verás que estás só, sem ninguém.
Desejo-te um inferno, por futuro
Um túnel sem fim, eternamente escuro.
Que a loucura se apodere de ti, sem perdão.
Que o tempo não te traga, que te enterre no passado.
Só te desejo o inferno, por maldição.
Paulo Ramoa
02/92
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