http://www.youtube.com/watch?v=-6Y-t85vs4g
Sejam Felizes em 2010
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
PAZ (PERTURBADA)
PAZ (PERTURBADA)
Cá dentro tudo em paz.
No silêncio do meu quarto.
Mas lá fora,
O mundo arde, arde de ódio.
Cá dentro tudo é claro.
Cá dentro, nada muda.
Mas lá fora.
O mundo escurece, escurece de raiva.
Esqueceu o significado da paz.
Quando saiu lá fora e.
Regressou infestada de raiva e ódio.
Mas cá dentro tudo em paz.
No silêncio do meu quarto
Apago a luz e vejo-te
Infestada de raiva e ódio.
Um dia quando não puderes voltar
Vais-te julgar.
E eu vou abrir o meu caminho
Por este mundo
Que arde e escurece em morte.
Vou esquecer o que senti (por ti)
Porque afinal.
No silêncio do meu quarto
Tudo continua em paz.
20/01/84
Cá dentro tudo em paz.
No silêncio do meu quarto.
Mas lá fora,
O mundo arde, arde de ódio.
Cá dentro tudo é claro.
Cá dentro, nada muda.
Mas lá fora.
O mundo escurece, escurece de raiva.
Esqueceu o significado da paz.
Quando saiu lá fora e.
Regressou infestada de raiva e ódio.
Mas cá dentro tudo em paz.
No silêncio do meu quarto
Apago a luz e vejo-te
Infestada de raiva e ódio.
Um dia quando não puderes voltar
Vais-te julgar.
E eu vou abrir o meu caminho
Por este mundo
Que arde e escurece em morte.
Vou esquecer o que senti (por ti)
Porque afinal.
No silêncio do meu quarto
Tudo continua em paz.
20/01/84
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
NUMA ESPÉCIE DE CÉU
NUMA ESPÉCIE DE CÉU
A música corria lenta.
Peguei na tua mão
Os teus olhos diziam-me, tenta.
Leva-me no teu coração.
As luzes dolentes adormeciam.
Lentamente os nossos corpos dançavam.
Os teus cabelos seduziam.
Enquanto as luzes se apagavam.
A escuridão era total.
Os corpos apertavam-se.
Aproximavam-se de um ponto final.
Aos poucos deliciavam-se.
Nervosos, os lábios tremiam.
Algo ansiavam.
Deixavam tudo o que temiam.
Enquanto deliravam.
Sem contarem, acariciavam-se.
Preparavam o momento.
Com a música, juntavam-se
Esperavam pelo sentimento.
Num sussurro pediste, beija-me.
Hoje perdi a noção.
Quero-te, deseja-me.
Ouve o meu coração.
Os lábios uniram-se
Quentes, doces, picantes.
No escuro, os olhos viram-se
Eternos amantes.
Dezembro 1988
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
O Medo das Lágrimas
O medo das lágrimas,
Vai-nos deixando.
A vida real, verdadeira.
Ganha sentido.
A realidade é difícil de enfrentar.
Todos nós temos medo.
Medo de nós próprios.
Medo das lágrimas.
Chorar, as lágrimas vão solucionar.
Esquecer, a meta a atingir.
Superar as amarguras, o medo.
O medo das lágrimas.
Tudo é simples, verdadeiro, real.
A necessidade de nos projectar.
Energia para lutar.
Contra o medo das lágrimas.
Só o medo nos afasta.
Das nossas vontades.
Do amor, da vida.
O medo das lágrimas.
10/06//1985
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
TÃO, TÃO…….LOUCO
TÃO, TÃO…….LOUCO
Esperas o destino.
Será todavia sempre vida.
Sons distantes de guerra
Os seus olhos são castanhos
Movendo os obstáculos
Longa é a derrota.
Perdes o juízo
Os seus cabelos são loiros
Ela é simplesmente
O que queres
Canções de desilusão
Cantadas em coro
Tão louco, tão louco
Irás loucamente
Buscar a loucura
Que te põe a sonhar.
14/02/1986
terça-feira, 17 de novembro de 2009
CONVITE
CONVITE
Queres vir comigo?
Numa viagem a dois
Viajaremos pelos corpos.
Deliciaremos os nossos sonhos.
Abriremos as portas do desejo.
Deixaremos correr o amor,
Que dentro de nós, temos.
Quero-te na minha viagem.
Olho-te de frente.
A tua face, o reflexo do sol.
Inspiram ao prazer.
Quero-te comigo.
Para estarmos juntos,
Trocarei tudo por ti.
Darei tudo pelo teu corpo.
Convido-te para a viagem.
Aceitas?
11/08/88
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Ser
SER
Tenho medo do meu ser, do que ele quer.
Sonho com um destino cruel, solitário.
Espero solenemente pelas sombras.
Olhando os espelhos, buscando uma paz.
Tento um salto no infinito, um olhar.
Através de um sentimento, da dor.
Alcançar o universo, a vida.
Tocar com palavras um coração.
Experimento uma nova oração.
Uma estranha ovação aos ventos.
Prometo um passado, pesado, sujo.
Revisto numa noite estrelada, ao luar.
Procuro a verdade, numa densa floresta.
Escolho as armas, verdadeiras ameaças.
Nomeio acções, prolongadas pela vingança.
Sorteio os mártires em actos de diversão.
Tenho medo do meu ser, do que sente.
Amplamente apunhalado, atraiçoado.
Amordaçado poderá explodir de raiva
Livre, viverá com uma tarde calma.
Sinto o tempo a passar, dançando.
Acarinhado, por belas princesas, envenenadas.
Mostro as marcas, as intervenções.
Julgo a passagem por um inferno desejado.
01/1992
sábado, 22 de agosto de 2009
ÁS VEZES
ÁS VEZES
Ás vezes, queremos aquilo que não podemos
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Ás vezes, sentimos o mundo fugir de nós.
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Ás vezes, deixamos a ilusão mandar na alma
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Às vezes, perdemos a fé de tudo, de nós.
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Ás vezes, sofremos aquilo que não merecemo
..........................................................................s
Ás vezes, fazem da nossa vida um inferno.
..........................................................................
Ás vezes, ficamos quase que loucos.
...........................................................
Ás vezes, ás vezes, ás vezes.
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Paulo Ramoa
1992
MALDIÇÂO - (Parte II)
MALDIÇÂO II
Desejo-te o inferno, por maldição.
O mais terrível dos castigos, que te faça sofrer.
Que o fogo te envolva, te transforme em fumo.
Que nunca sejas nada, que nunca sejas realmente amada.
Que a felicidade não te conheça, ela que se esqueça de ti.
Só em sonhos verás a esperança, ela que morra em ti.
Escolherás sempre o erro, influenciado pelo mal.
Seguirás de encontro aos becos, em acessos de egoísmo.
Desejo-te o inverno, uma constelação de nada
Lá poderás ver o significado de sofrer.
Sentirás no teu corpo, o poder do mal.
Serás atraiçoada, profundamente violada.
Um dia levantarás os olhos ao céu.
Irás orar por angústia, rastejar de dor, de pranto.
Irás implorar, chorar, gritar por alguém.
E verás que estás só, sem ninguém.
Desejo-te um inferno, por futuro
Um túnel sem fim, eternamente escuro.
Que a loucura se apodere de ti, sem perdão.
Que o tempo não te traga, que te enterre no passado.
Só te desejo o inferno, por maldição.
Paulo Ramoa
02/92
domingo, 19 de julho de 2009
Sentir
Sentir
Quando o sentir é arrastar-nos sem noção pela vida
Quando o sentir é perder a consciência num abismo
Então é melhor não sentir, e fugir aos sentimentos.
Quero olhar sem ver, tocar sem sensação
Não quero amar, não quero odiar.
Simplesmente fazer tudo sem sentimentos
Quero viver sozinho entre as pessoas, deslocado.
Não ter desejos e ambições, não ter desgostos e frustrações.
Viver só por viver, despejado de ideais, de emoções
Quero olhar as pessoas, sem elas notarem.
Sugar-lhes os segredos, e em silêncio desmascara-los.
Mostrar-lhes o que fazem pela vida, pelos outros.
Queria dormir sem sonhar, acordar num outro mundo
Falar para conhecer, jogar no desconhecido.
Experimentar o ocaso, viver sem sentir
08/06/1992
quinta-feira, 21 de maio de 2009
VÍCIO
VICIO
Tenho a cabeça a arder,
Os sonhos não acabam.
Na ânsia de te ter.
Nem a realidade os travam.
Há uma corda que se rói.
(há) um querer, um desejo.
Há um sentimento que dói.
(há) uma vontade, de um beijo.
Os olhos que sempre te procuram
A luta entre o querer e o poder.
São situações que perduram.
Em ocasiões de te ver.
Um corpo que faz tentar.
Loucura, doces loucuras.
Um corpo que quer experimentar.
Doçuras, loucas doçuras.
O sofrimento por não ter.
Um desejo não realizado.
O pensamento pelo querer.
Ser perdido, não achado
Há uma corda que se rói.
(há) um querer, um desejo.
Há um sentimento que dói.
(há) uma vontade, de um beijo.
12/01/1989
IMAGINANDO
IMAGINANDO
Imaginar o Voo
E nele viajar
A hora é dos factos
Á parte, as duvidas ainda estão lá
A mente imagina
Raro céu azul em Janeiro
Chuva nas nossas cabeças
Os rios enchem-se
Os factos não se imaginam
Olhando à volta
Todos olham
As dúvidas ainda perduram
A imaginação é livre
Solta os cabelos
Eu gosto de os ver livres
Eles gostam de ser livres
Contudo tudo parte da imaginação
Imaginar-te é um prazer
Desejo ardentemente
Que as dúvidas fossem imaginação
Imaginando um beijo
Uns lábios sedentos
Um corpo acariciado
Imaginando, imaginando-te
14/02/1986
segunda-feira, 4 de maio de 2009
A REALIDADE (DO RELÒGIO)
A REALIDADE (DO RELÒGIO)
Batem as horas no relógio.
Tu ainda não apareceste.
Aí , começo a imaginar.
Começo a sentir medo, por estar só.
Começo sentir-me pequeno, por estar só.
Só queria estar contigo.
Esta sensação que estou
Debaixo dum céu vermelho
Manchado de sangue.
Deixa-me sem forças.
E continuas sem aparecer.
Cada vez que te olho
Vejo um paraíso.
Onde estamos só os dois.
O relógio bate, certo como sempre.
E eu adormeço.
Com a realidade da vida
Com o bater do relógio.
Tick tock….tick, tock
20/01/1984
A NOSSA NOITE
A NOSSA NOITE
Sinto o teu corpo perto do meu
Tenho uns lábios sedentos
A minha mente precisa de se projectar
O meu corpo, eu, precisam de te amar
Umas mãos leves percorrem um caminho.
As linhas sentem-se, sonha-se, imagina-se
A vontade é de percorre-lo muitas vezes
Dois corpos sentindo um só
Sede de te ter
Vontade de comer
Devorar a maça envenenada
Como Adão o fez
Sente-se um arrepio agradável.
Chegou-se ao cume, ao topo da fantasia
Suor misturado com beijo, muito beijo
Tudo desaparece, só nos vemos aos dois
Um corpo é visitado, revisitado.
A loucura atingiu-nos, ambos queremos mais
Oxalá o tempo não nos fugisse
De novo voltámos à carga, guerreamos amor
A noite é escura
Esconderá os nossos segredos
A noite é bela.
Esta será nossa noite.
Temos os corpos juntos, apertados
Temos uns lábios sedentos
O meu corpo. O teu corpo
Precisam de se amar.
15/04/1986
sexta-feira, 3 de abril de 2009
BEIJO
BEIJO
O seu nome é beijo
E nós conhecemos-lo tão pouco
Sempre começa com um beijo
Com um beijo tão louco.
Uma vida de beijos
Ei, uma noite beija
Ardentes desejos
De alguém que os deseja
Talvez um beijo até
Mude o curso dos nossos rios
O nosso amor é
Um barco no rio dos beijos
Como sabes, significa desejo
Significa prazer
Na maneira como te quero ter
Ei. O seu nome é beijo.
17/02/1986
O RITMO DA NOITE
RITMO DA NOITE
È noite, o ritmo da cidade pára.
É noite, a noite chama.
É o som surdo da noite que chama.
Aquele som.
Aquela atmosfera.
Aquela luz.
Não se pode resistir.
O coração acelera o ritmo.
Ouvem-se passos.
O coração quase pára.
Quando vê quem chega.
Abraços, beijos, carícias.
A alegria do encontro.
Depois tudo acalma.
O som da noite,
Regressa surdo como sempre
È noite, a natureza está mais perto.
È noite, sente-se paz, amor, solidão.
Encontramo-nos á nós próprios
Ela fugiu-lhe, e os pensamentos mudam.
O medo invade-o.
O terror penetra-o, a esperança morre.
E ele pensa que,
O sol não mais nascerá.
18/01/1984
terça-feira, 17 de março de 2009
MIRAGENS
MIRAGENS
O som de uma onda
Um grito na madrugada.
E na areia molhada,
O sabor da água salgada
A noite, o vento, o mar.
Uma vaga miragem.
Uma ambição, uma desilusão
Um espírito selvagem.
Fabrica de sonhos,
De ideias excitantes.
Revoluções nas areias.
Vozes estonteantes.
Noite negra, escura.
Uma luz no horizonte.
A solidão do tempo.
No mar, só, perdura
Setembro/89
AO SOM DE UMA GUITARRA
AO SOM DE UMA GUITARRA
Ao som de uma guitarra
Enternecida por ti
Ultrapasso-me a mim próprio.
Só para te ver.
Ao som de uma guitarra
Tocada suavemente por ti.
Verei estrelas de dia.
Para não te esquecer.
Ao som de uma guitarra.
Verei-te no céu.
E eu voarei para ti.
Só para te ter.
Ao som duma guitarra
Enraivecida por ti
Fugirei.
Para não te querer.
26/01/1984
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
GRITA
GRITA
GRITA, Eu vou ouvir.
Os sentimentos que escondes
Explode. Mostra o teu querer
Expulsa. Evade todo o teu prazer
GRITA, nada é mais simples.
Do que unicamente pedir
Sem medo, sem orgulho.
O que desejas sentir
Ao gritar, irás expressar.
Vontades nunca imaginadas.
O fascínio das palavras.
A força dos sons.
GRITA. Eleva-te ás estrelas.
Percorre todas as delicias.
Escorrega nos teus sonhos.
Nos segredos mais queridos.
GRITA. Sou todo ouvidos
Ouvirei que sente o teu ser.
Sôfrego por não se realizar
Pensando que nunca iria amar.
Outubro 1990
domingo, 25 de janeiro de 2009
FOLHA BRANCA
FOLHA BRANCA
(SEM ELA NOTAR SEM A MAGOAR)
Tenho à minha frente, uma folha.
Uma folha branca
Calma, ela espera a violação.
Sem ela notar, sem a magoar
Olho para ela, volto a olhar.
Dá-me pena vê-la branca, vazia.
A tinta, correr-lhe-á pelo seu corpo
Sem ela notar, sem a magoar.
Brilhante a tinta sai da caneta
Inspiração do momento, de quem a comanda
Ideias, pensamentos, duvidas, vidas
Sem ela notar, sem a magoar
E ela sorri, sorri para quem a vê
A vê e a viu, branca, vazia.
(Ela) agora é alguém, subiu na vida
Sem ela notar, sem a magoar.
19/06/1986
QUEBRAR O SILENCIO
Quebrei o silêncio
O silencio das minhas palavras.
Apaguei os sons
Sons que me confundiam.
As pedras estão seguras
Não desabam
A água continua limpa
Com sede a beberás
As luzes apagaram-se
Na imensidão do nada
Tudo voltou ao normal
Á rotina diária
Voltei a quebrar o silêncio
O silencio da língua
Apaguei os sons
Os sons de mim
18/06/1986
A NOITE DA CONQUISTA
A NOITE DA CONQUISTA
Após estas palavras
Te localizarei. Atarefado.
Irei esconder-te num local seguro
Lá iremos cultivar o nosso ideal.
Uma longa noite de prazer.
A imaginação foi-nos buscar
E levou-nos pelo seu corpo
E nós imaginando a nossa paixão.
Acabo de descobrir um jogo.
O jogaremos da próxima vez
Que algo nos toque fundo
E sentiremos, o nosso calor
O teu corpo sempre presente.
O mar, a planície, a montanha.
Tudo de difícil conquista
Como o teu amor.
14/01/1986
Após estas palavras
Te localizarei. Atarefado.
Irei esconder-te num local seguro
Lá iremos cultivar o nosso ideal.
Uma longa noite de prazer.
A imaginação foi-nos buscar
E levou-nos pelo seu corpo
E nós imaginando a nossa paixão.
Acabo de descobrir um jogo.
O jogaremos da próxima vez
Que algo nos toque fundo
E sentiremos, o nosso calor
O teu corpo sempre presente.
O mar, a planície, a montanha.
Tudo de difícil conquista
Como o teu amor.
14/01/1986
Excitar
EXCITAR
Posso pôr-te a delirar,
Com um simples movimento.
Num momento posso acabar.
Com todo o teu sofrimento.
Não te prometo o céu.
Simplesmente excitação.
Do querer, do poder.
Ser corpos em levitação.
Sensações, visões, distorções.
Alívios, suspiros, respirações
Pensamentos, Tormentos, lamentos.
Atracções, altas tensões.
Excitar-te é o meu instinto
Levar-te a sentir
Os poderes do teu corpo.
Num ser faminto.
Julho 1989
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